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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acredito muito...

Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento. Repare: nada é por acaso. Nós nos colocamos em uma espécie de “trilha”, que sempre esteve aí, o tempo todo, à sua espera. Você elegeu seu destino. A vida que você tem que viver é essa mesma. Você não consegue mudar o que não consegue encarar. Por isso, onde quer que você se encontre, é exatamente onde precisa estar, neste momento.


Quando você estiver pronto para fazer uma coisa nova, de maneira nova, você fará.
Há sempre alguém à espera da pessoa na qual você está se transformando. Talvez, você ainda não esteja pronto para reconhecê-la. A cada momento, cada um de nós está passando pelo processo de Ser e de se tornar. Como as pessoas, os nossos relacionamentos também mudam. E ainda há muito a aprender sobre AMOR ... ( Deepak Chopra )


Li este texto hoje e resolvi compartilhar porque me fez pensar muito a cerca da fase que estou vivendo.
O encerramento de um ciclo em minha vida. 10 meses se passaram desde que deixei minha cidade em busca de algo novo. Era a realização de um sonho de infância, mas também uma injeção de novidade, movimento, mudança e evolução em minha vida.
 Eu sempre quis muito mais da vida do que uma vida cheia de rotina e previsibilidade.  Quero aprender sempre, estar em contato com coisas novas, isso abre a mente, destroi parâmetros e crenças que você tem a cerca de pessoas,  culturas e de você mesmo.
Como as empresas  precisam evoluir e mudar, para se adequar ao contexto atual dos negócios, nós também precisamos. E quando falo disso, procuro focarno seu desenvolvimento pessoal, no seu interior e não em questões de conhecimentos profissionais, porque isso, todo mundo está cansado de ouvir falar: especialização constante. Falo em dedicar um tempo para si. Fazer um inventário de si mesmo, do que quis e do que conseguiu realizar. E a partir disso decidir o que mais você quer? O que realmente te faz sentir-se realizado? Uma avalização do seu nível de felicidade, de satisfação pessoal e amor próprio. Entretanto, se o reultado não for positivo, o mais importante é que você reconheceu isso. E, com certeza, você já deu o primeiro passo para mudar essa realidade.

 Mas voltando ao texto, essa mistura de emoções, quase que inexplicável através de palavras: um pouco de ansiedade e medo do que se vai encontrar quando voltar. Nós evoluímos e as pessoas que deixamos, também. E apesar das facilidades de comunicação, não estamos participando ativamente do dia- a- dia delas. É também um sentimento de imensa saudade do que ainda nem deixamos para trás: talvez nossos 10 meses mais intensamente vividos. Das viagens, dos lugares e das pessoas que convivemos e que talvez nunca mais veremos. Saudade também do que estivemos longe durante esse tempo, da família, da nossa cidade, da nossa cultura, da nossa comida... e das pessoas que deixamos para trás.
Esse  texto me ajudou muito a lidar com tudo isso quando disse que Deus ou qualquer força do além, como preferir chamar, coloca as pessoas em nossas vidas, justamente no momento em que precisamos delas, para satisfazer as nossas maiores necessiadades. As vezes esse momento é curto, em outras, muito longo... (O que nos faz ter tanta resistência ao deixá-las ir embora.) Aí é que vem a saudade, o "como Deus pôde fazer isso comigo? ", ou  "por que estou sofrendo tanto? " . É difícil de entender, pessoas tão especiais, namorados, amigos que me fizeram tão felizes estão me deixando ou  eu tenho que deixá-los, ou ainda, não estão mais me fazendo felizes...Porque?, Porque? E porquê?
Mas é preciso tentar compreender que tudo isso se torna necessário para nossa evolução. E, ao nos distanciarmos dessas pessoas, estaremos deixando elas seguirem o seu caminho, e nos libertaremos para encontrar as novas pessoas que participarão dos nossos próximos momentos especiais e inesquecíveis e que nos auxiliarão em nossa nova jornada.


sábado, 28 de maio de 2011

Café ! Coffee, Kaffee, Caffè...

CAFÉ ! Coffee, Kaffee, Caffè...


Há quem não goste, há quem goste um pouco, mas muitos, não vivem sem! Ele serve pra acordar no início do dia, pra comer com um pedaço de bolo, pra aquecer no inverno, pra dar uma pausa no trabalho, ou pra acompanhar extensas horas de estudo.

Pode ser quente ou gelado; pequeno ou grande; doce ou amargo; puro ou misturado; bom ou mal, enfim, pra todos os gostos e de todos os sabores.


Na inglaterra, temos a hora do chá e no Brasil, a hora é do café. Um cafézinho que se faz para as visitas, ou pra festejar alguma data especial, servido com deliciosos quitutes.

Lendo um pouco sobre isso, descobri que ele já foi proibido aos cristãos; que a origem da sua palavra remete à palavra vinho, por ser de grande importância para os antigos povos; que ele já foi queimado pelo governo brasileiro por causa da superprodução de café, afim de controlar os preços. E que, em outra crise dessas, a Nestlè passou a produzir o café instantâneo.

O café é a bebida artificial mais consumida no mundo, cerca de 400 bilhões de xícaras por ano. 

Agora, se no Brasil o café é importante, aqui em Portugal ele é tão necessário quanto água. Os portugueses gostam muito de tomar café. O que eles mais consomem é o pingo direto, um café expresso servido em uma xícara pequena e bem forte. 

Quase me traumatizei quando experimentei o meu primeiro cafezinho em terras portuguesas. Primeiro, porque tem milhões de tipos de café: pingo direto, meia de leite, galão, carioca, carioca limão, capuccino, machiato, com chocolate, com leite condensado, expresso, de saco, e a lista continua...
E a segunda parte do meu trauma foi que, depois de pedir um café, pensando que viria em uma xícara média e estranhar que o atendente não perguntou se eu queria com leite. O que recebi foi uma xícara bem pequena, com a quantidade de apenas um gole, sem leite e realmente muito forte. Eu e minha amiga colocamos dois pacotinhos de açúcar e mesmo assim quase morremos de tão forte que estava. Mas, como tempo você se acostuma, acaba conhecendo e provando os diferentes tipos dessa maravilhosa bebida. Eu já estou quase viciada também.

Aqui, o costume é tomar café principalmente após as refeições, mas também a qualquer hora. É muito comum as pessoas saírem pra tomar um café. As vezes acompanhando um doce, ou salgado. Porém, na maioria das vezes encontro pessoas tomando apenas aquela xícara de café e conversando com os amigos. Por esse motivo, os cafés são servidos em quase todos os lugares, no mercado, nas pastelarias (= padarias), nas escolas e nos bares e baladas. É isso mesmo, você pode ir pra uma danceteria e pedir um cafezinho. Achei isso muito interessante porque em minha região do Brasil não se tem café nas baladas.

Pelo que verifiquei na Europa a maioria dos países consome muito café. Na Itália e na Espanha, eles tomam muito o pingo direto, como aqui em Portugal. Já na Alemanha e Holanda, eles tomam muito aquele café grande, que vemos muito nos filmes americanos, chamado de coffee to go.

Aqui, começou a febre das máquinas de café expresso para se ter em casa.As pessoas compram a máquininha e a alimentam com cápsulas compradas no mercado ou em lojas especializadas. Deve ser maravilhoso preparar um cafezinho fresquinho em sua casa. Eu, se morasse aqui compraria uma sem dúvida, até porque o preço é bem em conta.

Escrevendo isso já estou ficando com água na boca e, já que terminei de escrever o que tinha pra falar, vou aproveitar e preparar uma xícara quentinha pra mim !!!! Hummm que delíciaaa...



Universidade do Minho: Quem deve dar o exemplo: os alunos ou o Reitor ?

    Fiquei extremamente indignada com a postura de certas pessoas hoje!!
   Estava eu em uma conferência na Universidade do Minho, com o título "Bicentenário Independente - Panorama Actual do Paraguay democrático no seu contexto de integração" . Lá estava o embaixador do Paraguay, nos fazendo uma apresentação sobre o seu país, da sua história até os dias de hoje. Uma ótima apresentação em meu ponto de vista. Apesar de não concordar em alguns pontos com o embaixador, ele foi muito dinâmico e deixou a palestra um tanto "viva". Eu, particularmente, não gosto muito de participar deste tipo de coisa, pelo motivo de que, muitas vezes, os palestrantes são maçantes, suas explicações possuem uma linguagem muito teórica e técnica, o que, para universitários, não é o mais indicado. E até para as pessoas mais graduadas, muita teoria e conceitos, torna a apresentação cansativa. Quando eu vou á uma palestra, quero saber mais do que teoria, quero que compartilhem experiências, e conhecimentos mais difíceis de se encontrar em livros, do que conceitos. Porque, se eu quiser aprender teorias, adquiro livros e os leio em minha casa, que é um lugar muito mais aconchegante, do que ficar sentada durante algumas horas para ouvir isso.
    Mas, como já disse, o conteúdo da conferência estava bom. O grande problema, que tive, foi a postura do reitor dessa Universidade. Ele estava sentado na mesa de honra, ao lado do Embaixador e, durante todo o tempo, ficou mexendo no celular ( telemóvel em português de Portugal), e pelo que percebi, estava conversando por meio de alguma mídia social. Ah, ele poderia estar anotando os tópicos da palestra no celular, não é? Mas não estava não, porque quando virava o celular, dava pra ver que era conversa, e ele escrevia, ficava olhando para a tela ( esperando a resposta) e voltando a escrever novamente. Se não bastasse isso, quando não estava concentrado no celular, ficava brincando com a garrafinha de água, virando ela e fazendo barulho, batendo-a na mesa.
    Eu sei que pessoas com cargos elevados precisam enfrentar muita formalidade, participar de eventos que muitas vezes não os interessam. Mas ao menos, precisam fazer um esforço a fim de tentar se mostrar interessados e dar o exemplo. Quem não tem competência de "saber ser" nessas situações merece um cargo deste? Afinal, na platéia estavam muitos estudantes da Universidade em que ele é reitor, e tenho que dizer: tinham muito mais educação e se comportaram muito melhor do que o mesmo.




domingo, 1 de maio de 2011

Sem Papel Higiênico: Medida para solucionar problemas ou é a crise portuguesa???

    Uma coisa que me deixou muito irritada essa semana foi a decisão dos admisnitradores da Residência Sta Tecla, ou sei lá quem foi, que tomou a decisão de suspender o fornecimento de papel higiênico aos banheiros coletivos da residência.
    Vamos à história desde o início: 
    Algumas pessoas, tem o costume de usar o papel higiênico e ao invés de jogar no lixo, acabam por jogar na privada, o que causa problemas no sistema de descarga. Eu não sei o porque deste costume,deve ser portugês, porque é muito comum em muitos lugares aqui, não ter lixeiro, o que lhe obriga a fazer isso de qualquer forma.
    E, para acabar com esse problema, não sei quem decidiu, mas não teremos mais disponível papel higiênico nos banheiros coletivos, ou seja nos blocos reformados, em que não possuímos banheiro no quarto, apenas um por andar com várias privadas, e chuveiros.
Vamos as minhas críticas:  
  • O aviso da nudança foi colocado apenas no elevador. Eu não uso elevador, e fiquei sabendo  disso apenas porque uma amiga minha me avisou.
  • O aviso está somente em português sendo que temos  aqui pessoas de várias nacionalidades que não falam português como: chinesas, turcas, etc.
  • O fato de não fornecer papel higiênico não é algo que irá mudar a comportamento das pessoas que fazem isso. Isso porque, elas vão continuar a usar papel higiênico (que  é uma necessidade e não é nenhuma fortuna para ser comprado) , e vão jogá-los no mesmo lugar em que estão habituadas, não solucionando o problema.
  • Alguns banheiros masculinos nem possuem lixeira, tendo apenas uma lixeira próxima das pias por andar.
    Ao meu ver, a solução para este problema, seria colocar os anúncios em algum lugar muito mais fácil de ser visualizado, por exemplo atrás da porta dos banheiros, para que quando cada um fosse fazer uso deles, iria com certeza ler o aviso, que poderia estar em português e inglês, o que poderia ser  muito mais educativo, alertando sobre o problema e avisando que, se não houvesse mudança de comportamento em determinado espaço de tempo seria suspenso o fornecimento de papel.
    Agora, fica uma dúvida, será que a razão para  adoção dessa medida é realmente o mau-uso do papel, ou é uma medida para redução de custos camuflada???



E as Piadas de Português ? Têm sentido?

Quem é brasileiro provavelmente já leu alguma piada de Português em que havia um tal de Manuel, com um bigode enorme e blá blá blá...
Bem, se é verdade ou não, não sou eu que vou dizer, mas você pode tirar suas própiras conclusões.

Primeiramente, sobre o bigode,pensei que iria encontrar muitos senhores, usando bigodes, daqueles que fazem uma curvinha pra cima, sabe? Mas não encontrei quase ninguém assim.

Mas é muito engraçado pedir informações a um português porque ele vai responder, mas só depois de dar voltas e voltas, para te explicar uma coisa super simples, é bem engraçado, mas já me acostumei. 
Um exemplo : 
- Senhor, pode me dizer onde fica este monumento?
- Pois bem, a Menina está vendo aquela rua ali na frente?
- Sim, estou.
- Então, não é ali. A menina não vá por ali, pois vai acabar por se perder está bem ? Está vendo aquela outra rua em seguida? Então, também não é ali. A menia vai por aquela outra estrada, anda uns 100 metros, vai econtrar uma estátua fulano, ela deve ter uns 3 metros de altura, aaah e naquela rua também tem um Café muito bom. Pois bem, depois destes 100 metros, pode virar para a esquerda, na rua tal, aah ela foi construída por fulano de tal, é muioto importante. E depois de duas casas após uma escola, está o monumento que está a procurar.

No final, acabamos por nem saber mais o que fazer, de tanta informação... hahahaa.
Mas apesar de alguns portugueses serem um pouco mau- humorados, a maioria deles é muito prestativo e se preocupam em nos ajudar.
E eles não são burros não, são é diferentes, menos objetivos, é claro, mas com paciência te levam ao mesmo lugar :D

As pessoas passam pelas nossas vidas

    Nesse momento da minha vida, estou conhecendo tantas pessoas, de tantos lugares diferentes. Com as culturas mais diversas, e modos de ser e pensar totalmente divergentes.
Algumas delas, apenas passaram de raspão, e outras, com as quais eu me identifiquei muito, passaram a fazer parte do meu dia-a-dia. Compartilhamos idéias, sonhos, aventuras, sentimentos, e histórias...muitas histórias pra contar.
    Sem que você perceba, o tempo passa... e um dia essas pessoas vão embora !!! E o pior de tudo, é que muitas vezes você nem percebe que o tempo já passou e é hora da despedida. No semestre passado, fiz muitas amizades, mas a maioria foi com o pessoal de São Paulo e Tocantins. Fizemos muitas festas, demos muitas risadas. E quando chega a hora de dizer tchau, dá um aperto no coração, porque apesar de serem brasileiros estão distantes de mim, distantes de onde moro.
    Em fevereiro, iniciou-se um novo semestre, e aquela sensação de vazio, porque essas pessoas com as quais fiz mais amizades, ficaram apenas 6 meses e já voltaram para suas casas. Elas se foram e eu fiquei. É tão estranho ver o pessoal novo chegando e se sentir antiga, por assim dizer. Nós, os Erasmus que ficaram, brincamos dizendo  que somos da temporada antiga de Malhação, hehehe.
    Recentemente, fui pra Lisboa, e no Hostel conheci um brasileiro que morava na Inglaterra e estava voltando para o Brasil, e também uma outra brasileira, que estava viajando na Europa por uns dias. Passamos uns 3 dias juntos, visitando os lugares, conversando, nos divertindo, partilhando as histórias de vida e experiências de cada um.
E no 4º dia, chegou a hora de dizer tchau, e novamente, essa sensação de que, você conheceu pessoas tão especiais, mas que pode nunca mais vê-las. ( Os recursos da Internet nos trazem muitas facilidades, mas não é a mesma coisa, as pessoas se distanciam com o passar do tempo.)
    Pode ser que um dia nos encontremos e um nem reconheça o outro, mas também pode ser que um dia nos esbarremos em algum acaso da vida, e começaremos a contar uns aos outros como nossa vida mudou, se nos casamos, ou não; tivemos filhos, ou não; se estamos trabalhando, ou não...
    Fica aí a questão, será que as pessoas passam pelas nossas vidas o tempo necessário para que possamos aprender o que o destino determinou, ou nós é que escolhemos por quanto tempo elas ficarão em nossas vidas?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Se encontrar dentro de si mesma

    As vezes você não se sente meio perdida? Não geografiamente, também não por estar louca, afinal você sabe quem é e o que faz... Mas as vezes, tenho momentos que me puxam para parar e pensar. O que quero a mais? Qual o sentido que quero pra minha vida ?

    O problema é que a maioria de nós não faz isso quando está atolado de tarefas, em uma rotina desenfreada. E, as pessoas todas ocupadas dizem que isso é coisa de quem não tem mais nada pra fazer. Mas será que é porque não temos mais nada pra fazer que prestamos mais atenção nesses pequenos detalhes, que passam despercebidos pelos outros?
Todos nós precisamos reencontrar nosso eu dentro de nós mesmos. Dar atenção àquele "eu", muitas vezes perdido, ou esquecido, o qual possui uma voz já tão fraquinha e difícil de ouvir, visto que muitas vezes não o escutamos, não damos espaço para lhe ouvir. Porque preferimos a conveniência, a vida regrada nos padrões da sociedade, a parte racional e não criativa. A parte teórica e não a arte. O concreto e não o abstrato.

Saber o que se quer da vida, quem se quer para a sua vida, o que fazer dela...

    As vezes esses momentos pedem mudanças, físicas, mentais, concretas e abstratas. E por que não aproveitar esses momentos?  Nossa vida é feita de ciclos, ou fases, como preferir chamar, e ESCOLHAS. Durante essa transição, precisamos fazer escolhas. Escolher seguir um caminho. Muitas vezes, não sabemos se ele é o adequado ao momento, se é certo ou errado, mas precisamos decidir, fazer uma escolha e confiar. Porque é somente assim que iremos agir, e desencadear novos acontecimentos, que darão origem á novos ciclos, novas fases e novas escolhas...

domingo, 24 de abril de 2011

A Santa "Tecla"

    Já que aqui na residência não temos TV, o jeito é ficar na Internet. Acabamos por ficar conectados todo o tempo que estamos aqui na residência, e quase 24 horas por dia no caso de quem tem acesso à essas redes pelo celular. É dessa forma que nos falamos, combinamos festas, eventos, falamos com nossas famílias ( a maravilha que é falar com as pessoas pela web cam em tempo real através do Skype).
    E com as facilidades dessas redes sociais, Orkut nem tanto, mas Facebook e Msn, as fofocas também rolam soltas. Tudo e todos ficam sabendo do que você fez no dia anterior, com todos os detalhes. É incrível como as notícias se proliferam por aqui. Por aqui e pelo Brasil todo, pois os antigos Eramus que já voltaram ao Brasil, continuam interligados. Essses dias, tive um amigo meu que já voltou pro Brasil, comentando comigo da super maneira como acordei todos numa viagem que fizemos ao Gerês à umas semanas atrás. No dia seguinta ele já estava sabendo.
    Por esse motivo, brinco dizendo que a residência, que se chama Santa Tecla, tecla mesmo, no sentido bem literal da palavra. Estão todos conectados, conversando e deixando uns aos outros a par dos acontecimentos diários de cada um. É como um jornal interativo, como um telefone sem fio, sem início nem fim, mas com uma grande rede de conexões...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Datas Comemorativas Longe de Casa

    Estar longe da família e dos amigos em datas comemorativas é muito diferente. Por mais que tenho as pessoas que conheci aqui, e que também são especiais pra mim, sinto um vazio nessas ocasiões.
    Passei o meu aniversário, dia 18 de Dezembro, em Berlin. E o pessoal que estava viajando comigo cantou parabéns na neve de manhã cedinho, foi bonitinho, mas faltou alguma coisa. Eu sempre fazia um café em minha casa neste dia e convidava os parentes e amigos mais próximos. Desta vez não tive nenhuma vontade de comprar um bolinho de padaria mesmo.
    No Natal, passamos em Florença, e jantamos no restaurante de um hostel. Também estava cheio de gente, encontramos uns barsileiros lá e outras amigas que estava na Itália nos encontraram nessa data. Mas novamente, um vazio...
    Na passagem do Ano, estávamos em Barcelona, e foi uma virada muito estranha, porque o pessoal não fica perto da praia. Eles ficam dentro dos restaurantes ou na praça da Catalunya, ou então, em alguma balada próxima da praia, mas que nenhum dos meus amigos que estava viajando comigo, queria entrar. Então, ficamos lá fora, na praia, para pular as 7 ondas. Aconteceu que nos perdemos, e acabamos nos dividindo em dois grupos. Apesar de ser Barcelona e ter festas muito legais, me senti muito sozinha e muita falta da minha família e minbas amigas.
    Agora na Páscoa, não estarei viajando, temos planejado um almoço em conjunto aqui na residência e vamos ver como vai ser.
    As vezes achamos chato a monotomia das datas comemorativas, sempre a mesma coisa, as mesmas pessoas. Mas só damos valor á isso quando estamos longe.
Então, se você irá passar mais uma data especial do mesmo jeito, pare pra pensar e dar valor ao que você tem no momento. Abrace todas as pessoas, deseje-lhes coisas boas do fundo do seu coração. Pare uns instantes para pensar na sua vida, agradecer à Deus e às pessoas á sua volta, e se necessário perdoar e pedir perdão !! Aproveite o momento presente, ao lado de seus amigos ou familiares, porque afinal, nunca sabemos o que pode acontecer no momento seguinte.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Falsos Amigos Portugueses

    O portugûes daqui tem alguma diferenças com o do Brasil. Tanto que os portugueses dizem que falamos : "brasileiro" e não português. Segue abaixo algumas história engraçadas, expressões e diferenças de significados da nossa querida, mas trapaçeira, língua portuguesa:
 
"Fogo! " - quando algo dá errado, ou quando é demais. Ex:  "Hoje choveu muito, fogo !!", "Fogo, este teste foi difícil ! "

"Se calhar... "- é o nosso talvez. Ex: "Se calhar vamos á praia amanhã"

"Percebes? "- entende? Acho uma graça porque os professores falam muito isso quando estão explicando a matéria. Ex: As 5 forças de Porter são tal e tal, percebes?

"Não tem piada" - não é engraçado, ou não é brincadeira. Ex: "Não tem piada me deixar esperando até tarde"

"Vou ter contigo"- vou me encontrar com você. Ex: "Ok, então ás 7hs vou aí ter contigo ! "esse é muito engraçado, eu maliciei as primeiras vezes que ouvi...eheheheh

Verbos no gerúndio- aqui eles não falam: "estou fazendo..."e sim: "estou a fazer..."

Algumas palavras diferentes:

telemóvel= celular
autocarro= ônibus
palheta= canudinho
aparador= apontador
saco= mochila, bolsa 
pequeno almoço= café da manhã
ginásio- academia
adeus- tchau

pastelaria= padaria
Isso é uma tristeza, porque aqui não tem pastel, aquela massa fritinha com recheio de carne, palmito, ou até chocolate ( huuuuuuumm...água na boca) mas tem muita pastelaria,  esse o nome que eles dão para as padarias. Quando cheguei olhei essas placas, e pensei: "Nossa que legal, tem vários lugares pra comer pastel", entretanto,  pastel brasileiro não tem em nenhum lugar. Ou seja, estou a 6 meses sem comer pastel...heheeheheh saudaaades ;/

cueca= calcinha
Isso também tem uma história engraçada, fomos na outra residência universitária, a Loyd, fazer um trabalho de aula e entramos no quarto de nossa amiga portuguesa que mora lá. Aí, quando entramos ela disse: "Ah, por favor não reparem na bagunça, deixei algumas cuequinhas que lavei. em cima da cama" Quando olhamos eram as calcinhas dela...

camisola= camiseta
Então, podemos dizer que os homens usam camisola, e as mulheres, cuecas..ahhaaha !
 
menina= mulher 
Todo mundo te chama de menina, muito engraçado.

rapariga- moça
No Brasil eu associo o nome rapariga a algo meio negativo, relacionado à prostituta, mas aqui tive que me acostumar..

biscate= bico (quando nos referimos a um trabalho informal). E a palavra bico aqui significa = sexo oral.
Tenho uma amiga de Tocantis, que me contou algo engraçado sobre isso . Estava ela e o marido na cantina, na hora de jantar, conversando com o pessoal na hora do jantar, e ela disse: Ah, eu quero arrumar um bico aqui para conseguir ajuntar um dinheiro a mais e tal, né Diogo? Imaginem o que os portuga deviam ter pensado: a mulher fala que quer fazer sexo oral pra ganhar dinheiro e o marido ainda aprova... 
Eu também caí nessa, estávamos em um barzinho com um amigo português e eu umas amigas comentando sobre "fazer bico", ele como já está acostumado a conviver com Erasmus nos alertou do significado malicioso da palavra.

rabinho ou cuzinho = bumbum
Na academia, faço aula de pilates, e tem um exercício que precisa contrair os glúteos, e a professora fica dizendo: "Contrai bem o cuzinho, todo mundo com o rabinho duro". Gente, nas primeiras vezes eu não conseguia contrair nada porque era muito engraçado ela falando isso.


durex= camisinha
Tenho uma amigo que foi no GRI, que é o departamento que cuida dos erasmus, e pediu emprestado pra chefe de lá: "Você tem um durex pra me emprestar, eu devolvo rapidinho"
Aí diz que ela respondeu pra ele: "Menino, aqui não tem isso" hahahahahah (imagine o que ela pensou: esse brasileiro vem aqui pedir camisinha emprestado, e diz que logo devolve, em pleno dia, e horário de estudos).
Aí uns dias depois, quanto tivemos uma repcepção organizada pelo GRI, para conhecer o reitor, esse meu amigo estava perto da chefe para quem ele pediu camisinha, e uma outra brasileira perguntou pra ele:  "o que você vai fazer hoje?" e ele respondeu na brincadeira: "sexo selvagem!". Essa chefe do GRI escutou isso e disse que ele estava desvirtuando as outras pessoas. Eu me parti de rir quando ele contou essa história. Pra mim foi a mais engraçada.

malhar= fazer sexo
Estávamos nós em uma viagem de grupo para Évora, Sintra e algumas outras cidades, organizadas pela Universidade, e uma senhora, que faz mestrado aqui e é professora no Brasil, me disse: "Nossa como a sua bunda é dura". E começamos a falar de academia e ela perguntou se eu fazia academia, e eu disse: "Eu adoro malhar". Até então não sabia do significado da palavra. E o cara que organiza, ele é bem gente boa, mas nem por isso deixou de tirar uma com a minha cara. E dissr mais alto ainda: "Você adora malhar é? ". Foi aí que todos os portugas riram. E todos o fizeram quando ele explicou o que significava isso em Portugal.